Ispaão. Irão
Segundo um ditado popular iraniano “Esfahan nesfe jahan”, Ispaão é metade do mundo. Não é seguramente metade do mundo, mas muito provavelmente, a mais bonita cidade do Irão, uma cidade milenar, com uma história riquíssima, uma beleza arquitetónica inigualável e uma hospitalidade peculiar, aliás, apanágio do povo iraniano.
Assumiu relevância durante os vários Impérios Pérsias, mas foi quando os árabes Omíadas e Abássidas governaram a região que a cidade atingiu o seu apogeu. Foi destruída pelo exército mongol de Tamerlão, no século XIV, mas recuperou a sua glória quando a dinastia Safávida tomou o poder, tendo o Xá Abbas I, escolhido Ispaão como capital do império, em 1596. É nesta altura que são erguidos os monumentos mais emblemáticos da cidade, que por terem resistido ao passar do tempo, dão-lhe um ar majestoso.
O centro nevrálgico da cidade é a praça Naqsh-e Jahan, conhecida atualmente como praça Iman, em homenagem ao Ayatollah Khomeini, a segunda maior do mundo, logo a seguir à de Tiananmen, em Pequim. Exemplo de sumptuosidade e conhecimento do império Safávida, a praça é o ponto de confluência de autóctones e visitantes, reunindo ao seu redor os principais monumentos desta linda urbe.
A praça é toda ela rodeada por lojas que ocupam as arcadas dos edifícios, sendo um dos pontos de entrada do Grande Bazar que liga a praça Iman à bonita mesquita Jameh, onde se pode contemplar vários estilos islâmicos correspondentes a múltiplas remodelações que sofreu ao longo de 800 anos de história.
A sul da praça a visita às pontes sobre o rio Zayandeh, são um local a não perder em Ispaão. Gostei particularmente da ponde Khaju, com os seus dois andares de arcadas e uma centena de metros de comprimento, apesar do rio estar seco, já que no verão a água é controlada por barragens a montante, sendo apenas libertada em ocasiões especiais.
Ispaão, definitivamente, uma cidade a não perder numa visita ao Irão!
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