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A mostrar mensagens de agosto, 2010

Viagem 2010 - Alguns locais da Jordânia

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De Damasco a Amã distam cerca de 250 Km. As estradas são razoavelmente boas, apesar de se tratar de países subdesenvolvidos. Contudo, nunca esperei fazer uma viagem de 6 horas entre as duas capitais. Quando comprei o bilhete disseram-me que seria, no máximo, quatro horas de viajem. Em Damasco passo quase uma hora para nos deslocarmos entre as duas principais estações rodoviárias, por entre um trânsito terrivelmente desorganizado. Nessa estação entram, sobretudo, mulheres acompanhadas pelos seus filhos. No países árabes, cabe às mulheres a função exclusiva, de cuidarem dos filhos, à semelhança do que ainda acontece com muitas famílias portuguesas. Nas fronteiras (dos dois países), mais duas horas e meia por entre processos imensamente burocráticos. À saída da Síria, junto-me a uma fila para pagar a taxa de saída. De seguida desloco-me para outro guiché para carimbar a saída no passaporte. Mais uns metros à frente, em território jordano, junto-me a uma fila para obter o visto para de se

Viagem 2010 - Algumas cidades da Síria

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A minha aventura síria começa, na verdade, em Beirute, na estação rodoviária de Charles Helou. Levanto-me cedo para apanhar o primeiro autocarro para Damasco. Entro na zona das ligações internacionais e sou abordado por inúmeras pessoas perguntando-me para onde vou. Procuro a bilheteira dos autocarros para Damasco e está tudo em árabe. Não entendo nada do está escrito. Lá me indicam o sítio. Peço o bilhete e eles respondem-me se tenho o visto para a Síria. Digo-lhes que não! Respondem-me “no visa, go minibus”. Tento dizer-lhes que sou português, que não existe embaixada da Síria em Portugal e por isso, não haverá problema de o obter na fronteira. Ao meu lado está o Juan António, espanhol de Alicante que está a fazer um curso de língua árabe em Damasco e aproveitou o fim de semana para visitar Beirute. Como não tinha solicitado o visto para a Síria, com múltiplas entradas, estava na mesma situação que eu, tinha de o obter na fronteira. Apesar de muita insistência, não nos vendem os bil

Viagem 2010 - Beirute

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Em Beirute, sinto-me um poliglota. Comunico nas três línguas em que me desenrasco. Divido o quarto do Hotel Al-Shahbaa, com um espanhol, um casal de franceses e um austríaco (que fala inglês). Ao contrário do que pensava, há afinal alguns turistas ocidentais por estas paragens, sobretudo francófonos e anglo-saxónicos. Não são tantos como em Istambul, mas muitos mais virão quando esta zona deixar de estar associada a guerras e problemas religiosos. Pelo que me apercebi, as pessoas são simpáticas, procuram ajudar os visitantes, que como eu, não entendem alfabeto árabe. As religiões convivem de forma harmoniosa, misturando-se mesquitas e igrejas na paisagem arquitectónica da cidade. Caminho pelas ruas sem receios de alguém me poder fazer mal, como por vezes acontece nas ruas de Lisboa ou de outras grandes cidades da Europa. Sinto-me bem, num processo de adaptação à língua, costumes, religião e ao tempo quente que se faz sentir. Beirute é uma cidade que não possui muitos locais de inter