Finlândia. Helsínquia

O passeio pela cidade começou pelo centro histórico, o âmago de Helsínquia. O mapa turístico levou-me à praça do mercado junto ao cais. Nas suas bancas, vendem-se objectos de artesanato finlandês, especialidades tradicionais, frutas e legumes. Da praça consegue avistar-se a maior catedral ortodoxa da Europa Ocidental, a catedral Uspenski. De tijolos vermelhos e cúpulas douradas é um dos maiores exemplos da influência russa na história do país. Caminhar por estas ruas repletas de ciclovias, trânsito calmo e responsável (a fazer inveja a qualquer habitante de Marraquexe), entre rapazes e raparigas de mais de 1,70 metros, de olhos claros e cabelo loiro, tão claro, que mais parece branco é uma sensação reconfortante.


Continuando o passeio, visitei o mercado velho. O edifício datado de 1888, é um lugar de reunião para os amantes de boa comida, podendo desfrutar-se de todo o tipo de especialidades. De seguida visitei a catedral católica e a praça do senado que em conjunto com o Conselho de Estado, a Universidade e a Biblioteca Nacional, constituem um exemplo único de arquitectura neoclassica na Finlândia.


Decidi visitar a Suomenlinna, uma das maiores fortalezas marítimas do mundo – inscrita na lista do Património Mundial da UNESCO -, sita numa bonita ilha nos arredores da cidade. O passeio foi calmo e relaxante, aventurando-me pelos seus túneis e galerias. Como estava na hora de almoço aproveitei para matar a fome num dos vários café-restaurantes com vista para o mar Báltico. De regresso à praça do mercado, orientei-me para o parque de “Esplanadi” onde os locais, de todas as classes sociais, se reúnem e confraternizam ora sentados nas belas esplanadas do café “Kapeli” ora deitados nos excelentes tapetes verdes. Faz-me lembrar Oslo ou Estocolmo. Em alternativa à praia os nórdicos arranjam, à sua maneira, formas de apanharem sol.


Após uma retemperante pausa nórdica, segui rumo a uma das mais peculiares igrejas que alguma vez visitei. A circular igreja de Temppeiakuio foi construída no meio de uma rocha e os únicos motivos de decoração são apenas as 4 paredes de pedra e um telhado de madeira. Simples, mas talvez por causa disso, muito bela. Sendo eu um Homem da Ed. Física não poderia deixar de visitar o Estádio que acolheu os Jogos Olímpicos de 1952. Subi à sua torre de 72 metros, para de uma forma privilegiada observar atentamente os 4 cantos deste estádio, que apesar dos seus quase 60 anos, continua a oferecer excelentes condições para a prática desportiva. Ainda há dois anos a selecção nacional jogou aqui e empatou com a sua congénere finlandesa com um golo de Nuno Gomes.


Terminei o dia com uma caminhada em direcção ao parque Sibelius que ostenta no seu centro um monumento em homenagem a Jean Sibelius, um dos maiores compositores finlandeses. De regresso ao Hostel Sakuntatalo passei pelo parque Toolonlahti, e aí observei algumas espécies de pássaros e velhas mansões de madeira em redor de um esplendoroso lago. As pessoas relaxam depois de um dia de trabalho e vê-se muita gente, sobretudo mulheres, a praticar actividade física, correndo, andando de bicicleta ou de patins (ao contrário da mulher portuguesa que prefere o sofá da casa ou uma cadeira da esplanada). Parei para assistir a uma aula de ginástica ao ar livre, aberta a pessoas de ambos os sexos e todas as idades.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Viagem 2010 - Alguns locais da Jordânia

Viagens Sem Fronteiras

Viagem 2010 - Istambul